quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

HONRAI VOSSO PAI E VOSSA MÃE

Livro: O Evangelho Segundo o  Espiritismo – Allan Kardec
PIEDADE FILIAL
 3.  O mandamento: “Honrai o vosso pai e a vossa mãe”, é uma conseqüência  da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar o próximo sem amar a seu pai e a sua mãe; mas a palavra honrai implica num dever a mais para com eles, o da piedade filial.  Deus quis mostrar com isso que, ao amor, é necessário juntar o respeito, as considerações, a submissão e condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de maneira ainda mais rigorosa, tudo que a caridade manda em relação ao próximo.  Esse dever estende-se naturalmente às pessoas que se encontram no lugar de pai e de mãe, e cujo mérito é tanto maior quanto o devotamento é para elas menos obrigatório.  Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação desse mandamento.
Honrar pai e mãe não é somente respeitá-lo, mas também assisti-los nas suas necessidades; é proporcionar-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós em nossa infância.
É principalmente para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial.  Estarão satisfazendo a esse mandamento os que julgam fazer grande esforço ao lhes darem o estritamente necessários para que não morram de fome, enquanto eles mesmos de nada se privam? Relegando-os aos mais ínfimos cômodos da casa, para não deixá-los na rua e reservando para si mesmos os melhores aposentos, os mais confortáveis?  E ainda bem quando tudo isso não é feito de má vontade e não fazem os pais pagar o que lhe resta de vida com a carga da fadiga dos serviços domésticos!  Devem, então, pais velhos e fracos serem os servidores dos filhos jovens e fortes?  A mãe ter-lhes-ia cobrado o leite quando estavam no berço?  Contou ela as noites de vigília quando estavam doentes, os seus passos para proporcionar-lhes os carinhos de que necessitavam? Não! Não é o estritamente necessário que os filhos devem aos pais pobres, mas são também, tanto quanto possam, as pequenas alegrias do supérfluo, as atenções, os cuidados delicados que são apenas os juros do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. É somente essa a piedade filial aceita por Deus.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

EU QUERO MINHA MÃE... MAL DE ALZHEIMER

                Quando o médico diagnosticou que minha mãe era portadora do  MAL DE ALZHEIMER fiquei sem chão e procurei entender através de pesquisas e perguntas ao seu médico. Fiz um curso, promovido pelo Convênio e aprendi um pouco com trocas de experiências com os outros participantes, na maioria familiares.

               Existem vários estágios e quando percebemos, a minha mãe já estava no avançado, talvez pelo seu modo de ser, sempre dominadora, não percebemos que a cada dia que ficava mais intolerante poderia ser da doença.

               Quando ela teve a primeira queda e bateu a cabeça, foram feitos exames, onde constataram essa doença. No começo, ela foi cuidada pelo seu médico que não era geriatra e a medicou com remédios que em vez de melhorar piorava, ficava mais agitada, via bichos subindo pelas paredes... até que acertamos uma, a Dra. Paula Santiago,  que a trata com os seguintes  medicamentos: Galantamina, Respirodona, Cloridrato de memantina e Macrodantina, Sulfato Ferroso e Alendronato de sódio... e um suporte alimentar NUTRIDRINK ... muitos medicamentos, mas necessários. Conseguimos uma qualidade de vida melhor, um certo controle.          

            Existe um período de calmaria, mas de repente, sem explicação, começa a divagar, olhos fixos e arregalados, volta ao passado, diz que precisa ir para casa, pois sua mãe está preocupada... troca nossos nomes e às vezes não nos reconhece.

          Hoje ela me perguntou: Cadê todo mundo? Para onde foram? Estou muito triste, chorei muito. Perguntei o por quê? Disse: Pelo que está acontecendo comigo, então perguntei, o que aconteceu? ela disse: Tudo. Quero ir embora, chama aquele homem que resolve tudo aqui (o filho dela, meu irmão).

         Um recado para os familiares: Não pense que sua mãe, sua vovózinha, sua bisa, só porque está com MAL DE ALZHEIMER  está morta, ela sente falta da família, do amor dos netinhos... sua memória vai e vem e quando vem, com certeza ela se lembra de você!

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS NÓS!